
O adestramento de cães é o treino para se obter obediência e controle do seu comportamento. Sua origem remonta ao final do século XVIII, quando “foxhounds” e “beagles” foram utilizados nas caçadas imperiais por caçadores e criadores de cavalo.
Na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945), os alemães tiveram a idéia de utilizar a habilidade e a devoção desses animais aos seus proprietários ou treinadores, em prol das atividades militares, principalmente na identificação de esconderijos de inimigos e para auxiliar nas investigações de elementos considerados proibidos em um período de guerra. Assim, transformaram os cachorros da raça pastor alemão em cães de guerra.

Foi quando os amantes desses animais organizaram algumas competições. Um dos critérios de pontuação era a obediência. Daí surgiu o esporte de adestramento de cães de guarda, bem como, as entidades promotoras desses eventos, como a VDH (Verrein für das Deutsche Hundewesen). A competição que foi criada basicamente como solução para preservar os cães policiais e acabou por transformar-se em uma coqueluche mundial.
Nos anos 70, os treinadores alemães começaram a utilizar conhecimentos de etologia no treinamento de cães de guarda, conseguindo sensíveis progressos. Esse conhecimento levou os treinadores à preocupação com a autoconfiança dos cães que fossem participar de provas de ataque, tornando o adestramento de cães de guarda um esporte. A Inglaterra levou essas idéias adiante e, com base nos concursos hípicos, Peter Lewis lançou, em 1978, através do seu livro “The Agility Dog International”, uma nova modalidade de adestramento: o Agility, no qual sequer se utilizavam coleiras e guias.
Nos dias de hoje, o adestramento de cães é utilizado por vários motivos e por diversas esferas da população, principalmente pelo número de animais de estimação criados em apartamentos e condomínios horizontais ser cada vez maior. Dentre tais razões, destacam-se a segurança e a socialização dos cães. Um cão adestrado garante bem-estar para seu proprietário e para o animal.